Leia o artigo e conheça a história e função do esfigmomanômetro

Esfigmomanômetro

Índice

Apesar do nome bem longo e diferente, você com certeza já passou por um exame de pressão usando um esfigmomanômetro alguma vez na vida.

Todos sabem da importância de manter o controle da pressão arterial do paciente, para evitar uma série de complicações futuras.

Para manter esse controle, é necessário fazer o acompanhamento e análise das variações de pressão.

A forma mais fácil de fazer essa medição é através do esfigmomanômetro. Um dos aparelhos mais utilizados no dia a dia de médicos e outros profissionais da área de saúde.

É necessário conhecer bem o equipamento, principalmente para garantir seu funcionamento pleno e a veracidade dos resultados, já que se trata diretamente de informações importantes a respeito das condições do paciente.

Nesse post vamos mostrar a você algumas informações relevantes sobre o esfigmomanômetro, seu uso, história, principais acessórios, entre outras informações, continue a leitura e conheça tudo sobre um dos equipamentos mais comuns da medicina.

O que é um esfigmomanômetro?

O esfigmomanômetro é o instrumento de medição da pressão arterial mais confiável e mais utilizado segundo os profissionais.

Mais a frente vamos tratar a história do equipamento e como surgiu o modelo mais preciso e conhecido.

Qual a função de um esfigmomanômetro?

O equipamento tem como função principal a medição da pressão arterial através dos sons do fluxo sanguíneo que são ouvidos através de um estetoscópio.

É preciso conhecimento técnico para operar o equipamento e também conhecimentos médicos para avaliar os sons e chegar na aferição da maneira correta.

A variação inconstante da pressão arterial é um dos importantes sinais do corpo como um alerta de complicações.

Por isso é importante aferir regularmente em caso de problemas de saúde e ajustar seus hábitos a boas práticas para manter a pressão regular.

Conheça a história do equipamento

Como surgiu o primeiro medidor de pressão arterial?

A necessidade de medir a pulsação dos pacientes começou a surgir à medida que a medicina ia avançando em suas pesquisas.

Dessa forma, o primeiro aparelho designado para essa função foi o pulsiologium. Sua descoberta é atribuída ao cientista Galileu Galilei e também ao médico Santorio Santorio, também conhecido como Santorio Santorii, nascido em Veneza.

Após a “descoberta” do sistema circulatório por Willian Harvey, que viveu entre 1578 e 1657, quase um século se passou até que se conseguisse medir a pulsação pela primeira vez.

O experimento que deu origem ao primeiro sistema

Esse “experimento” foi feito em um animal, por Stephen Halles. Em 1733, ele escolheu uma égua que já estava com 14 anos e, após imobilizar o animal, introduziu um tubo de cobre em sua artéria crural esquerda, aproximadamente 6 centímetros abaixo do ventre.

Esse tubo funcionava fixado a um outro, também de cobre, que, por sua vez, era ligado a um tubo de vidro. Após o encaixe na veia do animal, o sangue subiu até o tubo de vidro.

A cada pulsação, porém, a altura do sangue variava entre 5 e 10cm. O tubo foi retirado e o jato de sangue chegou ao máximo de 61cm e, ao ser recolocado, notou-se que o sangue estava mais fraco.

À medida que se retirava e recolocava o tubo, tornava-se mais e mais fraco, o que culminou na morte da égua. Após o óbito, ainda restava uma pequena quantidade de sangue em seu corpo.

Anos mais tarde, o aparelho criado por Halles seria ainda muito aperfeiçoado para poder ser usado na medicina.

O primeiro aperfeiçoamento

Quase um século depois, Jean Léonard Marie Poiseuille experimentou trocar o tubo de vidro por outro em forma de U, que possuía certa quantidade de mercúrio em seu interior. Este novo aparelho, denominado Hemodinamômetro de Poiseuille, a princípio era usado somente em experimentos dentro de laboratório, e não era disponibilizado para uso clínico.

Em 1834, porém, pela primeira vez na história, um aparelho foi empregado para medir a pulsação humana.

P. Gernier e J. Harrison, um engenheiro e um médico, se uniram para fazer uma tentativa. Para isso, construíram um aparelho similar aos termômetros que conhecemos.

Ele consistia em um tubo preenchido com mercúrio, centralizado em uma coluna com as marcações em milímetros. Quanto apoiado sobre o pulso do paciente, pressionava a artéria, o que possibilitava que as pulsações impulsionassem o mercúrio e as oscilações fossem observadas na coluna graduada. Como sphygnos em grego significa pulso, o aparelho foi o primeiro protótipo do esfigmomanômetro.

Mas não foram somente estes estudiosos que se inspiraram no Hemodinamômetro de Poiseuille: em 1847, Karl Ludwig acrescentou a ele um flutuador ligado a uma agulha que apontava sobre o cilindro giratório, dando origem a um novo aparelho: o quimógrafo.

Segundo aperfeiçoamento

Em 1855, outro estudioso decidiu fazer uma nova modificação no aparelho: ele era Karl Vierordt, que acrescentou ao quimógrafo alavancas que pesavam o suficiente para impedir a pulsação, o que resultou em um aparelho muito pesado que não foi aprovado para uso clínico.

Porém, por essa época faltava pouco para a descoberta do sistema atual de medição. F. A. Mahomed sugeriu que a alavanca de peso fosse trocada por uma mola graduada que, ao invés de bloquear a pulsação por inteiro, ia fazendo isso progressivamente.

Baseado nesse novo aparelho que acabara de ser criado, Samuel Sigfried Ritter criou outros três aparelhos para desempenhar a função, dentre os quais o principal era o Esfigmomanômetro aneroide.

A partir daí, seguiram-se estudos que concluíram que o valor normal para a pressão era 130, podendo variar entre 110 e 160.

Novas necessidades

Em 1896, porém, o médico Scipione Riva-Rocci se viu diante de um novo problema. Para que os estudos clínicos sobre o paciente fossem completos, seria necessário medir a maior pressão exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos e tecidos e a função cardíaca, e não existiam ainda aparelhos capazes de aferir estes valores.

Enquanto os outros estudiosos utilizavam a artéria radial para fazer a medição, ele concluiu que seria melhor utilizar a umeral, que fica mais próxima à aorta. Surgia, então, o esfigmomanômetro de Riva-Rocci.

Leonard Hill e Harold Barnard tentaram modificar o aparelho, mas foi Nicolai Segeivich Korotkoff quem observou que, assim que a pressão arterial era bloqueada, era emitido um som e, após realizar a descompressão da artéria, era possível ouvir outro som.

Através de estudos, foi possível concluir que o primeiro som representava a pressão arterial máxima, e o segundo, a mínima. O primeiro normalmente ficava entre 10 e 12. Embora outras modificações tenham surgido, o aparelho de Riva-Rocci ainda é considerado o mais completo e prático.

Tipos de equipamentos atualmente disponíveis

Hoje em dia para facilitar alguns casos de deslocamento de profissionais de saúde existem dois tipos de equipamentos de aferição de pressão.

O esfigmomanômetro manual e o digital, ambos equipamentos conseguem entregar bons resultados de aferição, porém, a precisão do equipamento manual é mais confiável.

Esfigmomanômetro manual

Também conhecido como esfigmomanômetro aneróide, esse é o equipamento mais comumente utilizado.

É o sistema que contém a faixa que é colocada ao redor do braço do paciente, essa faixa inflável é ligada a um medidor, com um bulbo de borracha que funciona como uma bomba de ar para inflar a faixa.

Ao pressionar o bulbo a faixa é inflada fazendo pressão no braço do paciente, e o ar é liberado a partir de uma válvula.

A utilização do instrumento manual faz necessário a utilização de um estetoscópio para ouvir o fluxo de sangue e fazer a aferição corretamente.

Os equipamentos desse tipo são portáteis, e segundo os profissionais da área são mais confiáveis por questão de precisão do que o equipamento digital.

Esfigmomanômetro digital

Já os equipamentos digitais oferecem mais conforto e praticidade e não tem a necessidade de conhecimentos técnicos e nem conhecimentos médicos para aferição.

Existem alguns cuidados com esse tipo de equipamento que oferece algumas desvantagens em relação ao equipamento manual no que diz respeito a precisão.

É importante que o paciente esteja estabilizado e não faça movimentos corporais para não interferir na frequência cardíaca.

A bateria do equipamento pode influenciar na medição no caso de bateria fraca.

No mais, o equipamento, na maioria das vezes faz a aferição automática e mostra o valor da pressão em um visor.

Sem a necessidade de pressionar o bulbo, o equipamento infla sozinho e a única ação manual é a instalação da maneira correta no paciente.

Principais acessórios do esfigmomanômetro

No caso do instrumento manual as partes podem ter a necessidade de reposição no longo prazo, ou até mesmo no caso de ajuste físico do paciente.

Nesse caso, a faixa que infla no braço do paciente (também conhecido como manguito no meio profissional) precisa se adaptar ao tamanho da pessoa.

As opções variam de acordo com a idade que define o tamanho da bolsa de ar, que precisa ser instalada da maneira correta no braço da pessoa para que a aferição seja feita da maneira correta.

Os tubos e válvulas também podem necessitar de substituição, nesse caso é preciso saber ao certo as dimensões para garantir o bom funcionamento do equipamento.

O bulbo também pode ser substituído, sendo necessário saber o tamanho correto para o tipo de equipamento em específico.

Há peças específicas para casos como de pessoas obesas que podem ter a necessidade de um equipamento que se ajuste melhor ao braço na hora da aferição.

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Como usar o Esfigmomanômetro?

Para que a medição seja precisa, a parte de borracha deve circundar no mínimo 80% do braço do paciente. Essa parte é inflada a 20mmHg e, em seguida, desinflada a 3mmHg.

Através do estetoscópio, é possível ouvir a fase sistólica, quando o fluxo é interrompido, e a fase diastólica, quando volta a fluir. Em pacientes obesos, deve-se tomar o cuidado para que a dificuldade em circundar o braço não interfira nos resultados.

Pacientes com insuficiência na aorta merecem atenção especial durante a medição, já que a pressão diastólica pode surgir em uma fase diferente daquela de indivíduos que não apresentam o problema.

Caso o esfigmomanômetro utilizado seja o asteroide ou o eletrônico, é necessário fazer a calibragem trimestralmente, com o auxílio de um manômetro com coluna de mercúrio.

No esfigmomanômetro que já possui a coluna de mercúrio, esse procedimento não é necessário, e ele é considerado o mais preciso.

Agora que você conhece mais sobre esse equipamento usado em praticamente todos os exames médicos de rotina, acesse o nosso Blog e continue se informando a respeito de equipamentos médicos e outros assuntos da área.

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