Descubra agora o que é biossegurança e quais práticas adotar

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Independentemente do setor de atuação da empresa, qualquer ambiente de trabalho oferece riscos aos trabalhadores. No entanto, esse risco é aumentado em hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos de saúde, devido aos materiais biológicos e químicos utilizados. Por isso é tão importante saber o que é biossegurança e quais medidas adotar na prática.

Ainda que seja um assunto de extrema relevância, muitas pessoas desconhecem os riscos nos serviços de saúde. Porém, recentemente, isso tem ganhado cada vez mais destaque por conta da pandemia do novo coronavírus. Afinal, os pacientes e profissionais de saúde em atendimento precisam se proteger do vírus, que representa um grande risco biológico.

O problema é que o coronavírus não é o único risco a que as pessoas estão expostas nas instituições de saúde, o que exige medidas rigorosas de proteção sempre. Por essa razão, neste artigo, explicamos um pouco mais sobre o que é biossegurança e como aplicá-la na prática. Boa leitura!

O que é biossegurança e para que serve ?

Biossegurança consiste numa estratégia para avaliação e para controle dos riscos à saúde das pessoas associados ao ambiente em que estão. Dessa forma, procura reconhecer a ligação entre diferentes atividades e setores com as possíveis ameaças e suas consequências, buscando soluções para prevenir, resolver ou reduzir os seus impactos.

Nesse cenário, podemos destacar a atuação de agentes biológicos, que podem ser qualquer um que gere risco à saúde e à vida das pessoas, como vírus, bactérias e fungos patogênicos, entre outros. Assim, dentro do conceito de biossegurança, podemos destacar três outros que são relevantes para a sua compreensão:

  • risco biológico, quando pode ocorrer a exposição a agentes biológicos que causam doenças;
  • confinamento biológico, no qual se adotam medidas de segurança para restringir a contaminação por agentes biológicos;
  • bioproteção, que representa todas as medidas necessárias para a prevenção do risco biológico.

Pela sua complexidade, também podemos definir a biossegurança a partir dos seus princípios. Entre eles, podemos destacar:

  • regras: conjunto de práticas e técnicas exigidas para o correto manuseio de agentes biológicos e materiais que podem estar infectados;
  • universalidade: refere-se ao fato de que as medidas de biossegurança devem ser adotadas por qualquer pessoa que interaja com o ambiente que apresenta riscos;
  • barreiras: são as medidas de contenção da contaminação de um agente biológico, podendo representar desde as vacinas (imunização) até o uso de equipamentos de segurança individual e o isolamento no ambiente;
  • eliminação: os resíduos produzidos pela atividade devem ser corretamente descartados, de acordo com as suas características e os riscos oferecidos.

Qual a importância da biossegurança?

Os casos de infecção hospitalar já foram bem mais frequentes entre pacientes e profissionais de saúde, pois era comum que uma pessoa chegasse ao hospital com outro problema e contraísse uma infecção. Por isso, durante muito tempo, as pessoas tinham medo de serem internadas pelo risco de contaminação dentro de um hospital. Vale lembrar que um indivíduo infectado com uma bactéria, por exemplo, tem o potencial de contaminar diversos outros em um mesmo ambiente.

Nos últimos anos, porém, esse medo foi reduzido com a adoção de medidas de biossegurança mais eficazes, que protegem a todos de contaminações de todos os tipos. Mesmo práticas simples, como a lavagem das mãos e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), já são bastante eficazes para a proteção das pessoas.

Além disso, os equipamentos hospitalares e de segurança se tornaram cada vez mais eficientes, evitando inúmeros riscos. Os profissionais também estão cada vez mais preparados e as instalações vêm sendo construídas já se pensando na biossegurança. No entanto, nunca se percebeu tanto a importância das práticas de biossegurança quanto durante a pandemia do coronavírus. Afinal, muitos profissionais de saúde foram contaminados no início por não haver materiais suficientes e protocolos de segurança bem estruturados.

Como adotá-la no ambiente hospitalar?

A Lei n. 11.105, de 24 de março de 2005 passou a regulamentar todos os temas relacionados à proteção contra agentes biológicos. Conhecida como “Lei de Biossegurança”, ela orienta as competências de segurança de hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos, além de dispor sobre todas as normas referentes à manipulação de materiais biológicos.

Outras normas e resoluções são mais específicas em relação a cada ambiente. De todo modo, em qualquer um deles, é comum a adoção de algumas práticas básicas, como veremos a seguir.

Utilização de EPIs e EPCs

Os equipamentos de proteção individuais (EPIs) e coletivos (EPCs) são uma das maneiras mais eficazes de proteção contra agentes biológicos. Eles evitam a exposição direta a eles, além de protegerem contra materiais cortantes, substâncias tóxicas, entre outras ameaças à segurança das pessoas e, por isso, são obrigatórios e de responsabilidade da instituição.

Esses equipamentos podem variar bastante de acordo com o ambiente e os riscos envolvidos. De toda forma, podemos destacar máscara, luva, óculos, avental e touca como alguns dos principais EPIs. Já os EPCs são formados por instalações destinadas ao isolamento ou para evitar contaminações, como no caso das Cabines de Segurança Biológica (CSB) e dos filtros de ar.

Portanto, em razão das peculiaridades inerentes aos processos que ocorrem em um laboratório, tomar as medidas cautelosas recomendadas com o intuito de assegurar o bem-estar dos colaboradores precisa estar entre os pontos de maior priorização. Levando isso em consideração, uma das maneiras de maior eficácia para preservar a segurança é fazendo uso de equipamentos de proteção, independentemente de serem individuais (EPIs) ou de serem coletivos (EPCs).

Treinamentos da equipe

Todos os colaboradores da instituição devem ser orientados e receber o treinamento adequado para a utilização dos EPIs e dos EPCs. Eles também precisam ser preparados para lidar com situações de emergência para atenuar o possível risco. Para tanto, é necessário oferecer cursos, com reciclagens frequentes, deixando à disposição um documento ou um manual com todos os procedimentos a serem adotados no dia a dia.

Limpeza de móveis, equipamentos e ambientes

Outro cuidado de biossegurança é fazer a limpeza adequada de todas as instalações, incluindo os móveis, os equipamentos e os materiais. Cada espaço ou utensílio deve ser cuidado de acordo com o risco de contaminação, como no caso da esterilização de alguns utensílios. Todos esses procedimentos também devem constar no documento descrito acima.

Instalação de piso antiderrapante

Essa é uma medida simples, mas que pode fazer toda a diferença na rotina dos profissionais. Isso porque a instalação de um piso antiderrapante proporciona deslocamentos mais seguros e pode evitar diversos acidentes, mas principalmente aqueles decorrentes de escorregões durante o manuseio de materiais de risco.

Como você viu, saber o que é biossegurança é apenas o início. É preciso colocar essas medidas realmente em prática, pois elas são fundamentais para evitar riscos à segurança das pessoas e que podem trazer consequências graves para a instituição. Portanto, é bom estudar bastante as leis referentes ao tema e aplicar todas as mudanças necessárias.

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