ECG: conheça as melhores práticas para realização do eletrocardiograma

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O eletrocardiograma, ou “ECG”, é um dos exames mais solicitados para definição de diagnóstico. Para ser confiável, porém, é importante seguir o protocolo para realização de ECG à risca. Você sabe exatamente o que isso significa?

Embora se trate de um procedimento simples, a verdade é que muitos pacientes acabam ficando nervosos. E que até mesmo técnicos sem experiência tenham dificuldade na colocação dos eletrodos do exame. Por isso, é indispensável manter uma conduta firme e simples para conduzir o processo.

E é sobre a importância e os detalhes desse passo a passo que vamos falar no artigo a seguir. Confira!

Saiba como é feito o eletrocardiograma

O eletrocardiograma, comumente chamado apenas de ECG, tem a função de registrar os impulsos elétricos do coração. Essa medição é feita através de eletrodos colados na pele do paciente. O objetivo é perceber se há alterações no batimento. A interpretação dos dados vai permitir descobrir questões como taquicardia, bradicardia, infarto do miocárdio, angina e doença cardíaca isquêmica.

Para conseguir resultados acurados, é essencial que o protocolo para realização de ECG garanta uma boa localização dos condutores, por exemplo. Sem seguir um padrão ou sem preencher corretamente os dados no software de laudos, fica mais difícil ter registros corretos.

Entenda porque a preparação do paciente é importante

Todo o procedimento de ECG é não-invasivo. Portanto, não é necessário fazer jejum ou levar acompanhante, por exemplo. Entretanto, boas práticas incluem cuidados prévios por parte do paciente.

Para homens, é preciso aparar os pelos do peito um dia antes do exame. Isso porque a pele lisa ajuda na colagem e manutenção dos eletrodos. Do contrário, há risco de mal funcionamento. Da mesma forma, mulheres precisam ir ao exame com lingerie sem aramado na estrutura do sutiã. Há inclusive a indicação de que façam o eletrocardiograma sem a peça, apenas com um avental. Se trata de uma conduta definida pela clínica ou instituição.

A orientação prévia ajuda a tornar a realização do exame mais simples e sem problemas que poderiam ser impedidos.

Confira uma lista do protocolo de realização de ECG

Com uma duração média de 10 minutos, o eletrocardiograma não é complicado. Sua realização é feita por um técnico de cardiopneumologia, em um local tranquilo. Deitado em uma maca, com o tronco nu, são colados 6 eletrodos no tórax e outros nos membros ligados ao aparelho eletrocardiógrafo responsável pela medição.

Durante toda a medição, o equipamento vai gerar um papel térmico quadriculado com um traçado que será interpretado pelo cardiologista. Para que esse resultado seja capaz de contribuir para o diagnóstico, é importante seguir todas as etapas.

Esses são os passos indispensáveis de um protocolo de realização de ECG:

  • entrada do paciente — é sempre interessante orientar para que chegue com 10 minutos de antecedência. Assim, diminui-se o risco de atrasos;
  • explicação do procedimento — mesmo sendo simples, muitos pacientes nunca tiveram contato com esse tipo de medição. Convém mencionar tudo que vai acontecer nos próximos minutos, para evitar surpresas;
  • retirada do vestuário — oferecer um avental, já aberto na frente, pode ajudar a diminuir o desconforto por precisar se despir. É essencial pedir também a retirada de acessórios e bijuterias. O sutiã pode ser deixado se não tiver arame, contudo, a conduta precisa ser avaliada de forma a não prejudicar a colagem dos eletrodos;
  • colagem de eletrodos: colocar os condutores nos locais corretos é parte essencial do protocolo. Alterações causadas por erros nessa etapa podem comprometer tanto resultado quanto diagnóstico.
  • limpeza com álcool: assim como a eventual depilação prévia, o álcool ajuda na aplicação dos eletrodos. O que acontece é que a gordura natural da pele gera ruído na transmissão dos sinais. Dessa forma, é importante passar álcool com graduação acima de 90% no local onde serão colados;
  • registro de dados no software: nome e dados clínicos do paciente, remédios consumidos, nome do técnico, tudo precisa ser devidamente inserido no cadastro que inicia o exame;
  • escolha do melhor registro: é preciso considerar qual leitura ficou mais clara durante o ECG. Na tela de correção de registros, será possível perceber eventuais perdas de sinais, interferências ou qualquer detalhe inadequado. É importante desconsiderar esses registros e utilizar apenas o que estiver mais claro.

Após todo esse protocolo, resta liberar o paciente e explicar que o exame já está pronto, porém, depende de uma interpretação especializada. Em geral, é possível entregar a leitura e o registro em questão de minutos.

Entretanto, o seu resultado em si sempre vai depender da percepção e do laudo médico. Ao técnico, cabe o procedimento em si, não o diagnóstico. Até mesmo porque às vezes os sinais sozinhos não representam nada e precisam de outros exames para saber exatamente o que significam.

Veja como garantir que o procedimento seja bem sucedido

Durante muito tempo, exames como o eletrocardiograma dependiam da presença física de um especialista. Entretanto, com o crescimento da telemedicina, muitas vezes o laudo pode ser feito por profissionais à distância. É por isso que todo o protocolo precisa ser seguido à risca. Se trata de uma garantia de que o exame foi aplicado corretamente.

Para que os resultados sejam sempre o mais corretos possíveis, é essencial que a instituição sempre conte com equipamentos de boa qualidade. E que realize manutenções regulares. Um simples eletrodo ou cabo ECG que esteja com seus cabos comprometidos é capaz de atrapalhar o registro final.

Da mesma forma, é importante que a gestão tenha técnicos devidamente habilitados para o manejo do equipamento. A inclusão correta de dados, colocação fina dos condutores e todos os passos para o exame são uma parte indispensável. Do contrário, há tanto risco de diagnósticos errados quanto de processos futuros por má prática.

Em resumo, o protocolo para realização de ECG existe para ser levado à sério. Mesmo que etapas pareçam simples e óbvias, é interessante sempre tomar cuidados detalhados no processo. A confiança no procedimento está diretamente relacionada à maneira como foi feito. A saúde do coração agradece.

E se você quer saber mais sobre procedimentos cardíacos, aproveite para ler o artigo sobre Desfibriladores Externo Automáticos DEA! Você vai ficar por dentro também da utilização desse aliado tão importante em clínicas!

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